A produção de grãos na Bahia deve sofrer uma queda em 2024, após um recorde em 2023, segundo estimativas do IBGE e da Conab. O fenômeno El Niño impactou negativamente as condições climáticas, resultando em menores safras de soja e milho, dois dos principais produtos agrícolas do estado. Em contraste, o algodão deve atingir um novo recorde de produção, mostrando resiliência mesmo diante das adversidades climáticas.
O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE aponta uma queda de 6,9% na produção de cereais, oleaginosas e leguminosas em 2024, com 11,3 milhões de toneladas previstas. As áreas plantadas e colhidas permanecem estáveis, mas o rendimento médio das lavouras é esperado em 3,21 toneladas por hectare, uma redução em relação ao ano anterior. A soja, em particular, deve registrar uma leve queda de 0,4% na produção, enquanto o milho enfrenta um declínio significativo de 27,3%.
Apesar dos desafios, a produção de algodão no estado deve crescer, com o IBGE estimando um aumento de 0,8% em relação ao ano passado. A cana-de-açúcar e o cacau também mostram crescimento, com aumentos de 1,3% e 2,7%, respectivamente.
A Conab, em seu décimo primeiro levantamento, corrobora a previsão de queda na produção de grãos na Bahia, estimando um recuo de 8,2% para a safra 2023/2024, com uma produção total de 12,3 milhões de toneladas. No entanto, a área plantada deve aumentar em 0,6%, o que resulta em um rendimento médio estimado de 3,25 toneladas por hectare.
Em suma, a Bahia enfrenta uma safra mista, com reduções em algumas culturas-chave como soja e milho, enquanto outras, como algodão e feijão, mostram crescimento, refletindo a complexidade das condições climáticas e de mercado no estado.