A colheita do algodão na Bahia referente à safra 2023/2024 foi concluída em 19 de setembro. O estado plantou 345.431 hectares, sendo 98% dessa área concentrada na região Oeste, que cultivou 339.721 hectares, enquanto o Sudoeste contribuiu com 5.710 hectares. A produtividade média foi de 325,45 arrobas de algodão em caroço por hectare, uma leve redução em comparação à safra anterior, que alcançou 330,8 arrobas.
Apesar dos desafios climáticos impostos pelo El Niño no início da semeadura, a regularização das chuvas favoreceu o desenvolvimento da cultura, resultando em 316 arrobas por hectare em áreas de sequeiro e 348 arrobas em áreas irrigadas. Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), destacou o papel das boas práticas agrícolas nesse desempenho.
A área plantada na região Oeste cresceu 10,7% em relação à safra anterior, e para a safra 2024/2025, espera-se um aumento de 10,5%, com previsão de 380 mil hectares cultivados. Com o fim da colheita, os produtores seguem o manejo da entressafra, eliminando restos culturais e controlando o bicudo-do-algodoeiro, conforme orientações da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O vazio sanitário, iniciado em 20 de setembro, estende-se até 20 de novembro, prevenindo a propagação dessa praga.