O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja retornar em breve à rotina normal de trabalho em Brasília. O petista está afastado — ao menos fisicamente — do Palácio do Planalto desde a última semana.
Ele foi submetido, na madrugada de terça-feira (10), a uma cirurgia de emergência para drenar um hematoma entre o cérebro e uma das membranas que envolvem o órgão.
Depois de seis dias internado, Lula recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo (15).
Em entrevista exclusiva ao Fantástico, o presidente afirmou estar "totalmente bem" e sinalizou para a possibilidade de retomar compromissos na capital federal depois desta quinta (19).
Ele também reafirmou ter compromisso com a responsabilidade fiscal e discordou da avaliação do mercado financeiro sobre o pacote dos gastos.
"Vou repetir: ninguém nesse país, do mercado, tem mais responsabilidade fiscal do que eu. [...] Entreguei esse país, sabe, numa situação muito privilegiada. É isso que eu quero fazer outra vez. E não é o mercado que tem que ficar preocupado com os gastos do governo. É o governo. Porque, se eu não controlar os gastos, se eu gastar mais do que eu tenho, quem vai pagar é o povo pobre."
"Vou ficar até quinta-feira [19], porque eu tenho que fazer uma nova tomografia. E eu quero fazer no mesmo lugar que fiz as outras. Aí, eu vou para Brasília para trabalhar normalmente", declarou.
"Fiquei preocupado porque, afinal de contas, a cabeça é a parte mais delicada. Eu achei que estava fora de perigo, isso é a verdade. Achei que estava fora de perigo, porque a última ressonância que eu fiz mostrava que estava diminuindo a quantidade de líquido na minha cabeça. Mas era engano meu."