A população das comunidades de Leão, Ponta d"Água, Jacaré, Lagoa do Duardo e São Mateus, no município de São Desidério, no oeste da Bahia, está sofrendo pressão e agressões por parte de um fazendeiro que planeja desapropriar mais de 90 famílias que residem nessas localidades há mais de 130 anos.
Muitos deles nasceram e criaram suas famílias nesse lugar e hoje estão sendo perseguidos, enfrentando uma possível grilagem de terras.
Nas comunidades, há moradores com mais de 95 anos que são filhos, pais e avós que merecem respeito, pois escreveram sua história e a história de suas famílias neste local. No entanto, estão sendo desrespeitados.
Depois de mais de 100 anos morando em suas localidades e com documentos das propriedades em mãos, os moradores estão sendo pressionados pela justiça para deixarem suas terras, alegando que as localidades não têm moradores — um absurdo da justiça da Bahia.
Nas localidades existem escolas, quadras, postos de saúde, cemitérios, plantações e criatórios de gado, além de estradas e a história de muitas famílias que nasceram e se criaram ali. Elas já receberam suas terras por herança; são chácaras e fazendas que estão sendo ameaçadas por um suposto dono da propriedade que apareceu recentemente alegando ser o proprietário. Esse indivíduo tem causado terror nas localidades com pistoleiros armados e ameaças aos moradores, além de apresentar documentos duvidosos.
Há um grupo armado ligado ao "Jordan Tack" que tem levado terror às famílias das localidades em São Desidério. Apelamos para que as autoridades competentes apurem os fatos e direitos de quem realmente tem cuidado da terra e criado suas famílias. São homens e mulheres que nasceram, se criaram e deixaram suas heranças para seus filhos e hoje correm o risco de perder tudo por causa judicial suspeita — já que a história da localidade é maior do que a idade do suposto dono das propriedades.
Algumas dessas localidades receberam o projeto da prefeitura municipal "Casa Bela", onde os imóveis foram reformados pela prefeitura. Isso seria uma prova de que a localidade não está irregular. Agora fica a pergunta: quem irá se beneficiar com a desapropriação dessas 90 famílias que já moram nas localidades há mais de 130 anos?